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Ligeiramente Grávida
Mulheres grávidas têm ajuda total do sistema de saúde inglês, mesmo que elas decidam por não ter o filho.
Engravidar num país estrangeiro e estragar com isso um plano de viagem não é o que alguém deseja, e evitar é a coisa mais fácil que existe, ainda mais em Londres. Independente de sua idade ou nacionalidade, você pode ter aconselhamento gratuito nos GPs ou em clínicas de planejamento familiar. Menores de 25 anos podem procurar ainda um Brook Centre, que é clínica especializada em jovens.
Por isso que, mais do que no Brasil, em Londres é quase certo dizer que só engravida quem quer. Qualquer pessoa com direito ao uso do sistema de saúde no Reino Unido pode conseguir camisinha, anticoncepcionais e até a pílula do dia seguinte sem gastar nada. Para quem quer ter filhos, é possível ter acesso ao planejamento familiar, e ainda todo o acompanhamento pré-natal. Mas para quem não tomou cuidado e acabou numa gravidez indesejada, também é possível fazer um aborto legal e dentro dos parâmetros de saúde.
O dia seguinte
Um método contraceptivo de emergência deve ser usado em último caso, poucas horas após a mulher ter feito sexo sem proteção, ou quando o usual método anticoncepcional falhou. Existem duas formas de contraceptivo de emergência: a conhecida pílula do dia seguinte e o DIU, uma espécie de instrumento intra-uterino.
As pílulas de emergência vêm em pacotes de duas unidades, sendo que a primeira deve ser tomada, assim que possível, depois de sexo sem proteção, mas não em mais que 3 dias, e a segunda entre 12 e 16 horas depois da primeira. Elas são disponíveis nos GPs ou em clínicas de planejamento familiar, mas em caso de emergência mesmo, podem ser compradas em farmácias, sem receita médica para maiores de 16 anos, por um preço em torno de £25.
O DIU é recomendável para casos em que o prazo da pílula do dia seguinte já expirou, e deve ser colocado no útero da mulher pelo médico ou enfermeiro em até seis dias depois do ato sexual sem proteção, ou no primeiro momento depois da ovulação. É preciso marcar uma hora de emergência com o GP. Antes, é necessária uma série de exames para que o médico constate que a mulher não tem nenhuma infecção pré-existente.
Além do outro dia
Algumas vezes acontece. Mesmo que todas as possibilidades de prevenção sejam de fácil alcance, uma gravidez inesperada pode estar no caminho de qualquer mulher. Mas aqui a decisão de ter ou não ter a criança é dela. Ao contrário do Brasil, desde 1967 o aborto é totalmente legal na Inglaterra, País de Gales e Escócia, para casos em que a gravidez não ultrapasse as primeiras 24 semanas.
Para ter acesso a um aborto sem custos, pelo sistema nacional de saúde, você vai precisar mostrar que ter um bebê pode prejudicá-la mental ou fisicamente, ou seja, explicar seus sentimentos em relação à gravidez. Caso você não tenha certeza quanto a eles, existem também grupos psicoterápicos, em clínicas de planejamento familiar, que podem ajudá-la a chegar a uma decisão. Quanto mais cedo ela vier, melhor.
É preciso que dois médicos dêem o aval para que a operação seja feita, e o período ideal é até a décima quarta semana. O primeiro passo é entrar em contato com o GP e fazer um teste gratuito lá mesmo. O próprio médico deve providenciar que você seja vista também por um ginecologista em algum hospital. O tempo de espera pela operação fica entre duas e quatro semanas, ou seja, é melhor procurar ajuda antes da oitava semana de gravidez.
Outra alternativa é um aborto em clínica privada, que normalmente é feito em menos tempo que pelo sistema de saúde, mas o custo vai de £350, para gravidez ainda recentes, até £750, quando o feto já está mais desenvolvido. Melhor mesmo é prevenir